Como numa boa ficção

 

sombra

Como numa boa ficção, em minha busca pela pergunta certa para a resposta Amor (todos pensam que o amor é um mistério, mas ele é apenas a resposta certa para uma pergunta que ninguém ainda fez), acabei conhecendo todos os amores possíveis e impossíveis. Durante séculos literários testemunhei e experimentei sua evolução narrativa. Do derramar de sangue de corações apaixonados por páginas e mais páginas de cavalhadas canalhas até cavalgadas pelos jardins de uma alma humanamente condenada à imcompletude de sua natureza. Não só conheci os amores, como conheci o Amor em suas profundas reticências… altruísta, egoísta, clássico, revolucionário, eterno e efêmero. Hoje, posso revelar a todos que essa busca foi em vão. Depois de alguns copos de esperança e medo, mistura conhecidamente perigosa, apesar de não passar de mais do mesmo, resolvi entornar de vez minhas lembranças e planos na mesa e dar razão a meu alter-cúmplice, que sempre tentou me alertar – Guilherme, ao contrário do que você pensa, todo esse trabalho de observação humana e descobrimento do ser cotidiano através de seus sentimentos não irá facilitar as regras. Você pensa que pode aprender a jogar com a vida? Não pode, pois é ela que está jogando com você. – Agora continuo minha busca pela pergunta certa para mais uma resposta já bastante conhecida: vida!

2 Respostas to “Como numa boa ficção”

  1. covarde.

  2. Guilherme Coelho Says:

    Sou covarde mas não sou anônimo!

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